sábado, 20 de agosto de 2016

Sorrisos

Como uma brisa, sutil
Daquela criança, infantil
Do palhaço, de repente sumiu
Me dê um sorriso
É só o que preciso
Para recuperar o siso
Que não seja irônico
Um pouco cômico
Para espantar pânico
Que seja singelo
Para um mundo mais belo
Eu lhe apelo
Assim, quem sabe
O palhaço nos abre
O sorriso que lhe cabe
E a dor se acabe

sábado, 13 de agosto de 2016

Sem título

Ando disperso
Minha mente divaga
Neste universo

Me diga você

Se da consciência nada se esconde
Como se quebra desencanto?
Como se desata desconfiança?
Como se desfaz desilusão?
Como se esquece decepção?

Não me venha com religião
Tampouco esse papo de perdão
Na vida chego à conclusão
De que alguns do mal são
Estão além da recuperação.

Assim, guardo na memória
Que constrói a minha estória
Diversos espantos
Misturados com encantos
E outros entretantos.

Mas, se você tiver magia
Me diga esta alquimia
Para que não espere o dia
Que a consciência esvazia.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Pequenos prazeres

Ouvir Chico
Fazer fuxico
Viver de bico
Mesmo tísico
Não pedir pinico
Pra nenhum milico
Dar um belisco
Comer um petisco
Quase nenhum risco
Meu olho nem pisco
Nem preciso ser rico
Tampouco pagar mico
Basta ser meio rústico
Ou pouco místico
Na vida me estico.
Por aqui fico
Sem nenhum pico
Nem mesmo um cisco.
(Começou domingo na estrada, na companhia de Murilo, Paloma e Fernanda ouvindo Chico. Terminou hoje (26/04/2016) na companhia de um chope e bockwurst sózinho no Bar do Alemão).

Passeio sensual

Busco meio
De em seu seio
Dar um passeio

Me incendeio
Sem nenhum receio
De ti não apeio

Sem rodeio
Teu corpo é veio
Que sacia meu anseio

Tristeza

Hoje a beleza
Foi vencida pela safadeza
Me deu uma tristeza!
(Escrito aos 12/05/2016)

Aos 59 (Quase)

Ao sul do equador, no outono nasci.
Nos primeiros anos, tranquila primavera.
A segunda estação, um tórrido verão.
No outono da vida, serenos prazeres.
Que seja breve e tardio, do inverno o frio.
Em qualquer estação, ao menos uma paixão.
(Escrito aos 18/05/2016)

Desânimo

Tem dias que ele me bate
Mas, não pense que me abate
Sigo em frente, respiro fundo
Me aprumo pro mundo
Em que já vivi desencanto profundo
Na mente, da vida faço revista
Me inspiro no poeta, na artista
Da esperança reencontro a pista
Sigo em frente, que atrás vem gente.