Chegará hora
que na vida longeva
irá embora.
A cartomante
tudo lhe disse como
noticiante.
Anos passados,
de repente revela
fatos narrados.
Dúvidas poucas
não conseguiram evitar
previsões loucas.
Mostra cansaço,
indagando se anda
no mesmo passo.
Dele recorda
carinhosos momentos
que fado borda.
Mulher vaidosa
que em sua jornada
foi corajosa.
Medo revela
quando comenta sobre
vizinha dela.
Mistérios há
que esse escrevente
solução não dá.
Contraditória,
como tantas já foram,
pela história.
Tarefas se deu,
outras destino coseu,
é caminho seu.
Boa lembrança,
carregarei comigo,
na esperança.
De meu pai contou,
mais uma vez, algo
que também sonhou.
Nessa altura,
construindo do passado
meta futura.
Para quem servem
as três linhas acima?
Vocês decidem.
Penso na vida:
sobre para que esta
insana lida?
Sem cartomante,
entre princípios e fins,
vou tateante.
Ora, que importa?
Cada um que resolva,
como se porta!
Para mim resta,
sentimentos registrar
por essa fresta
Mais um registro
preciso é foto que
acima mostro.
Um haikai ao dia, prazer, paz, emoção, e muita alegria (Fernando Antono Prado Gimenez)
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
FEIRA LIVRE
Logo de manhã
na barraca de frutas brilhante romã. Chuva de verão esconde na barraca mulher do feijão. Olha que chuchu! Não está na barraca, Debocha Dudu! Limão galego para fazer ceviche? Banca do Grego. Banana prata em penca ajeitada,
freguesa grata.
Passa mulata perfumada. Suspira cego da lata. Toca viola toada romântica, ela rebola. |
Banca de ervas,
velhinho assanhado caça as pervas. Tem mexirica na barraca do Japa que no fim fica. Laranja pera casca verde lustrosa de tanta cera. Encontro jovem na barraca de pastéis que de todos tem. Em poucas horas não há como encontrar doces amoras. Lingüiça! Queijo! Para você morena também tem beijo. Vagem! Cenoura! Para você bom preço
moça tão loura.
|
Maçã! Mamão!
Preço sempre abaixa pra freguês chorão! Arroz! Lentilha! Fico feliz senhora se vem com filha! Milho! Pepino! Meiga polaca, quero ser seu menino. Alface lisa fica mais em conta se me alisa. Manga coquinho, abacate maduro, pro garotinho.
Couve-flor, nabo
dou desconto pra você
não ficar brabo!
Hora da xepa!
Aproveita freguesia; Enche bacia! |
sábado, 25 de janeiro de 2014
VÍCIO
Em seu corpo nu
na sua pele molhada
gotas de suor.
Em pouco tempo
percorre sua nuca
língua maluca.
Lábios beijam
coxas entreabertas
rotas incertas.
Mãos passeiam
no seu corpo, encontram
doce deleite.
Sabor amargo
cremosamente morno
de alvo jorro.
Esparramado
sobre seu ventre livre
sou dócil servo.
Como dor fosse
meu gemido implora
por sua posse.
Quando acena
com sorriso maroto
sexo encena.
Gulosamente
faz falo latejante
fonte jorrante.
Do que mais gosto?
Após gozo súbito
ser seu súdito.
Por ti vicio
te querendo mesmo sem
estar no cio.
Na sua bunda
caminho sinuoso
fim precioso.
Com arrepios
mamilos enrijecem
desejos crescem.
Depois do gozo
com moleza gostosa
nós em repouso.
Em um abraço
ofegantes, juntamos
pernas em laço.
gotas de suor.
Em pouco tempo
percorre sua nuca
língua maluca.
Lábios beijam
coxas entreabertas
rotas incertas.
Mãos passeiam
no seu corpo, encontram
doce deleite.
Sabor amargo
cremosamente morno
de alvo jorro.
Esparramado
sobre seu ventre livre
sou dócil servo.
Como dor fosse
meu gemido implora
por sua posse.
Quando acena
com sorriso maroto
sexo encena.
Gulosamente
faz falo latejante
fonte jorrante.
Do que mais gosto?
Após gozo súbito
ser seu súdito.
Por ti vicio
te querendo mesmo sem
estar no cio.
Na sua bunda
caminho sinuoso
fim precioso.
Com arrepios
mamilos enrijecem
desejos crescem.
Depois do gozo
com moleza gostosa
nós em repouso.
Em um abraço
ofegantes, juntamos
pernas em laço.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Tarde de Chuva
Olhares trocados,
sorrisos encantados,
beijos pensados.
Corpos suados,
desejos explorados,
peles molhadas.
Pernas cruzadas,
sexos alertados,
línguas vorazes.
Bocas sensuais,
mamilos suspirados,
mãos crispadas.
Músculos tesos,
orgasmos apressados,
ambos surpresos.
Ressabiados,
deitados, abraçados,
apaziguados.
Sabem que tudo
pode ser repetido
se for querido.
Ambos esperam
saciados ofegantes
novo desejo.
Mãos explorantes
sobre corpos tateiam:
são mendigantes.
Tarde chuvosa
juntou estes amantes,
almas errantes.
Anseio que arde,
discretos atélogam
próxima tarde.
sorrisos encantados,
beijos pensados.
Corpos suados,
desejos explorados,
peles molhadas.
Pernas cruzadas,
sexos alertados,
línguas vorazes.
Bocas sensuais,
mamilos suspirados,
mãos crispadas.
Músculos tesos,
orgasmos apressados,
ambos surpresos.
Ressabiados,
deitados, abraçados,
apaziguados.
Sabem que tudo
pode ser repetido
se for querido.
Ambos esperam
saciados ofegantes
novo desejo.
Mãos explorantes
sobre corpos tateiam:
são mendigantes.
Tarde chuvosa
juntou estes amantes,
almas errantes.
Anseio que arde,
discretos atélogam
próxima tarde.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Londrina 2014
Cheiro de chuva
dois pombos no telhado
eu na janela.
Sento no sofá
brisa move cortina
sol me aquece.
Quando sossego
pensamento divaga
sono me bate.
Sons ritmados
tec tec mais tec
soa bengala.
Vem sem demora
tempo esquecido que
sonho transforma.
Ele revejo,
de repente, sem fala,
apenas me fita.
Esta presença
terá sido sentida
ou refletida?
Quando em versos
se finge um escriba
vai você saber?
dois pombos no telhado
eu na janela.
Sento no sofá
brisa move cortina
sol me aquece.
Quando sossego
pensamento divaga
sono me bate.
Sons ritmados
tec tec mais tec
soa bengala.
Vem sem demora
tempo esquecido que
sonho transforma.
Ele revejo,
de repente, sem fala,
apenas me fita.
Esta presença
terá sido sentida
ou refletida?
Quando em versos
se finge um escriba
vai você saber?
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