Na piscina
Ela me fascina
Na esquina
Ela me ensina
Na rotina
Ela me escrutina
Na matina
Ela me desatina
Repentina
Me sabatina
A vida clandestina
Toda a jogatina
O caso com a Tina
Eu?
Sorrio de como se obstina
Abraço a cintura fina
Quando se atina
Se entrega libertina.
Um haikai ao dia, prazer, paz, emoção, e muita alegria (Fernando Antono Prado Gimenez)
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Nada/Você
Nada me espanta
Algo me encanta
Você
Nada me ocorre
Algo me socorre
Você
Nada me importa
Algo me suporta
Você
Tudo nada
Você tudo
Eu sigo você
Eu fujo do nada
Nado
Algo me encanta
Você
Nada me ocorre
Algo me socorre
Você
Nada me importa
Algo me suporta
Você
Tudo nada
Você tudo
Eu sigo você
Eu fujo do nada
Nado
domingo, 9 de outubro de 2016
Crise de identidade
Quisera outro ser
Para não lhe doer.
Que possa outro vir
Para lhe ver sorrir.
Quisera não pensar
Para saber amar.
Como outro ser
Se não o que só sei ser?
O que só me fiz ser?
Quisera outro ser...
Para não lhe doer.
Que possa outro vir
Para lhe ver sorrir.
Quisera não pensar
Para saber amar.
Como outro ser
Se não o que só sei ser?
O que só me fiz ser?
Quisera outro ser...
domingo, 25 de setembro de 2016
Sem título
Em meu cio
De você
Me vicio
Em minha ânsia
Por você
Minha ganância
Em meu logo
Em você
Me afogo
De você
Me vicio
Em minha ânsia
Por você
Minha ganância
Em meu logo
Em você
Me afogo
sábado, 17 de setembro de 2016
Para Paloma
Nesse vasto mundo,
Me inspiro no poeta,
Que não era Raimundo.
Seja curva, seja reta
Faça seu trajeto, seu caminho
Certa de meu carinho.
Espalhe seu encanto,
Faça chuva, faça sol,
Pois sufoca qualquer pranto
Que apareça no caminho.
Nesse vasto mundo,
Lhe acompanhe meu carinho.
Esparrame seu sorriso
Sempre que for preciso.
Se sentir saudade,
Nesse vasto mundo,
Pense em meu carinho
E siga seu caminho.
Onde quer que esteja,
Se fizer escuro
Neste vasto mundo,
Lembre de meu carinho,
Pode ser uma centelha
Que ilumine seu caminho.
Vai, filha, em seu caminho
Certa de meu carinho.
Me inspiro no poeta,
Que não era Raimundo.
Seja curva, seja reta
Faça seu trajeto, seu caminho
Certa de meu carinho.
Espalhe seu encanto,
Faça chuva, faça sol,
Pois sufoca qualquer pranto
Que apareça no caminho.
Nesse vasto mundo,
Lhe acompanhe meu carinho.
Esparrame seu sorriso
Sempre que for preciso.
Se sentir saudade,
Nesse vasto mundo,
Pense em meu carinho
E siga seu caminho.
Onde quer que esteja,
Se fizer escuro
Neste vasto mundo,
Lembre de meu carinho,
Pode ser uma centelha
Que ilumine seu caminho.
Vai, filha, em seu caminho
Certa de meu carinho.
Acaso
Encontro tosco
Você sorriu, eu também
Virou enrosco.
Você sorriu, eu também
Virou enrosco.
Aconchego
Em meu peito
Você se encostou
Me senti homem feito.
Você se encostou
Me senti homem feito.
Transferidor, régua e compasso
Com transferidor, caminho traço
Com régua, meço meu passo
Muito além do raio do compasso
No ritmo que eu mesmo faço
Sem medo de erro ou fracasso.
Com régua, meço meu passo
Muito além do raio do compasso
No ritmo que eu mesmo faço
Sem medo de erro ou fracasso.
Dúvida II
Ponto a ponto
Será que costuro
Ou escrevo um conto?
Será que costuro
Ou escrevo um conto?
Dúvida I
Gota a gota
Ou é goteira
Ou contagotas
Ou é goteira
Ou contagotas
Feeling blue
No cinema, filme chato
No bar, chope sem graça
Com pastel de vento
Na rua, alguém toca um blues
Na alma causa desalento.
Fugir por que? Pra onde?
Na dúvida, pelo caminho, sigo lento
Em algum canto, de algum canto
Que não seja das sereias
Surge o alento
Que me traz outro vento.
No bar, chope sem graça
Com pastel de vento
Na rua, alguém toca um blues
Na alma causa desalento.
Fugir por que? Pra onde?
Na dúvida, pelo caminho, sigo lento
Em algum canto, de algum canto
Que não seja das sereias
Surge o alento
Que me traz outro vento.
domingo, 11 de setembro de 2016
Fim de inverno
Manhã tão fria
Sol tão tímido
Calmaria
Sol tão tímido
Calmaria
sábado, 20 de agosto de 2016
Sorrisos
Como uma brisa, sutil
Daquela criança, infantil
Do palhaço, de repente sumiu
Daquela criança, infantil
Do palhaço, de repente sumiu
Me dê um sorriso
É só o que preciso
Para recuperar o siso
É só o que preciso
Para recuperar o siso
Que não seja irônico
Um pouco cômico
Para espantar pânico
Um pouco cômico
Para espantar pânico
Que seja singelo
Para um mundo mais belo
Eu lhe apelo
Para um mundo mais belo
Eu lhe apelo
Assim, quem sabe
O palhaço nos abre
O sorriso que lhe cabe
E a dor se acabe
O palhaço nos abre
O sorriso que lhe cabe
E a dor se acabe
sábado, 13 de agosto de 2016
Sem título
Ando disperso
Minha mente divaga
Neste universo
Minha mente divaga
Neste universo
Me diga você
Se da consciência nada se esconde
Como se quebra desencanto?
Como se desata desconfiança?
Como se desfaz desilusão?
Como se esquece decepção?
Não me venha com religião
Tampouco esse papo de perdão
Na vida chego à conclusão
De que alguns do mal são
Estão além da recuperação.
Assim, guardo na memória
Que constrói a minha estória
Diversos espantos
Misturados com encantos
E outros entretantos.
Mas, se você tiver magia
Me diga esta alquimia
Para que não espere o dia
Que a consciência esvazia.
Como se quebra desencanto?
Como se desata desconfiança?
Como se desfaz desilusão?
Como se esquece decepção?
Não me venha com religião
Tampouco esse papo de perdão
Na vida chego à conclusão
De que alguns do mal são
Estão além da recuperação.
Assim, guardo na memória
Que constrói a minha estória
Diversos espantos
Misturados com encantos
E outros entretantos.
Mas, se você tiver magia
Me diga esta alquimia
Para que não espere o dia
Que a consciência esvazia.
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Pequenos prazeres
Ouvir Chico
Fazer fuxico
Viver de bico
Viver de bico
Mesmo tísico
Não pedir pinico
Pra nenhum milico
Não pedir pinico
Pra nenhum milico
Dar um belisco
Comer um petisco
Quase nenhum risco
Comer um petisco
Quase nenhum risco
Meu olho nem pisco
Nem preciso ser rico
Tampouco pagar mico
Nem preciso ser rico
Tampouco pagar mico
Basta ser meio rústico
Ou pouco místico
Na vida me estico.
Ou pouco místico
Na vida me estico.
Por aqui fico
Sem nenhum pico
Nem mesmo um cisco.
Sem nenhum pico
Nem mesmo um cisco.
(Começou domingo na estrada, na companhia de Murilo, Paloma e Fernanda ouvindo Chico. Terminou hoje (26/04/2016) na companhia de um chope e bockwurst sózinho no Bar do Alemão).
Passeio sensual
Busco meio
De em seu seio
Dar um passeio
Me incendeio
Sem nenhum receio
De ti não apeio
Sem rodeio
Teu corpo é veio
Que sacia meu anseio
Tristeza
Hoje a beleza
Foi vencida pela safadeza
Me deu uma tristeza!
(Escrito aos 12/05/2016)
Aos 59 (Quase)
Ao sul do equador, no outono nasci.
Nos primeiros anos, tranquila primavera.
A segunda estação, um tórrido verão.
No outono da vida, serenos prazeres.
Que seja breve e tardio, do inverno o frio.
Em qualquer estação, ao menos uma paixão.
(Escrito aos 18/05/2016)
Desânimo
Tem dias que ele me bate
Mas, não pense que me abate
Sigo em frente, respiro fundo
Me aprumo pro mundo
Em que já vivi desencanto profundo
Na mente, da vida faço revista
Me inspiro no poeta, na artista
Da esperança reencontro a pista
Sigo em frente, que atrás vem gente.
sábado, 25 de junho de 2016
terça-feira, 21 de junho de 2016
Nonsense
Meio sem jeito
Um pouco contrafeito
Foi atrás do seu direito
Pareceu teimosia
Enfrentou até aleivosia
Não deu vez pra apatia
Fez de um tudo
Enfrentou topetudo
Até de peito desnudo
Enfim se rendeu
Sentindo que perdeu
Muito mais que um camafeu
Nessa vida esquisita
Estamos só de visita
Não há quem resista
Começou sem saber como
Pra acabar só faltava um gomo
Que comeu o gnomo.
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Outono
Folhas já secas
Vento de outono
Céu azulento.
Vento de outono
Céu azulento.
sexta-feira, 22 de abril de 2016
Na vida
Vou levando a vida
Com graça vivida
Embora haja quem duvida
Com graça vivida
Embora haja quem duvida
Fazendo o que posso
Às vezes quase tenho um troço
Alguém até reza um pai nosso
Às vezes quase tenho um troço
Alguém até reza um pai nosso
Mas pra mim reza não faça
Tampouco tolero trapaça
Meu caminho o desejo traça
Tampouco tolero trapaça
Meu caminho o desejo traça
Conservo meu sorriso
Não pense que perdi siso
Faço o que quero e preciso
Não pense que perdi siso
Faço o que quero e preciso
Nas pedras tropeçando
A vida vou levando
Afinal, me chamo Fernando.
A vida vou levando
Afinal, me chamo Fernando.
quarta-feira, 13 de abril de 2016
Pensando
Pensando na vida....
Pessoas que vêm...
Outras que vão...
Marcas que ficam...
Desencontros...
Encontros...
Intenções, planos, desejos...
Desatenções, aeroplanos, bocejos...
Unha encravada...
Palavra empenhada...
Vontade contrariada...
Frieira teimosa...
Coceira gostosa...
Irra! Que é isso? Vida!
Beijo de filha...
Abraço de amigo...
Sorriso, gargalho...
Me espanto...
Não canto...
Fico no meu canto....
Lembro, esqueço...
Ouço, vejo, entendo?
Nem sempre...
Às, vezes, finjo...
Mas, não me arrependo...
Pessoas que vêm...
Outras que vão...
Marcas que ficam...
Desencontros...
Encontros...
Intenções, planos, desejos...
Desatenções, aeroplanos, bocejos...
Unha encravada...
Palavra empenhada...
Vontade contrariada...
Frieira teimosa...
Coceira gostosa...
Irra! Que é isso? Vida!
Beijo de filha...
Abraço de amigo...
Sorriso, gargalho...
Me espanto...
Não canto...
Fico no meu canto....
Lembro, esqueço...
Ouço, vejo, entendo?
Nem sempre...
Às, vezes, finjo...
Mas, não me arrependo...
terça-feira, 5 de abril de 2016
Memória
De repente
Do passado sobrou
Só o que quis a mente
Infeliz mente.
Do passado sobrou
Só o que quis a mente
Infeliz mente.
Vã Filosofia
Na boca, travo de romã
Na alma, prece vã
Na vida, tanto afã
Uma busca sã?
Na alma, prece vã
Na vida, tanto afã
Uma busca sã?
Sem Título
Meu reino por um cavalo
Meu cavalo por um café
Meu café por um cafuné
Pode ser que fique em pé.
Meu cavalo por um café
Meu café por um cafuné
Pode ser que fique em pé.
Identidade
Outro vejo
Noutro me vejo
Trovejo, relampejo, ventanejo
Enfim, sem pejo
Outro me vejo.
Noutro me vejo
Trovejo, relampejo, ventanejo
Enfim, sem pejo
Outro me vejo.
segunda-feira, 21 de março de 2016
Sem Nexo
Para uns, só sexo
Para outros, basta amplexo
Neste tempo tão complexo
Mais um verso desconexo.
Dito de Marujo
Conheci um tal de Araújo
Que se dizia marujo
Corcunda, parecia um caramujo
Ao seu lado, um cão sabujo
Me dizia o dito cujo:
De mulher feia e mar revolto, eu fujo.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Ao léu
Sem destino certo
Busco algo incerto
Não sei se está perto
Ora, não me aperto
Ao léu, para a vida desperto.
Busco algo incerto
Não sei se está perto
Ora, não me aperto
Ao léu, para a vida desperto.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Infância
Nuvens se arrastam pelo céu
Cinza como papel.
Surge uma estrela
Como se fosse um troféu.
Crianças brincam de passa-anel.
Alguém oferece pão-de-mel,
Fazem o maior tropel.
Teve também pastel.
Cinza como papel.
Surge uma estrela
Como se fosse um troféu.
Crianças brincam de passa-anel.
Alguém oferece pão-de-mel,
Fazem o maior tropel.
Teve também pastel.
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