quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Essa menina

Na piscina
Ela me fascina

Na esquina
Ela me ensina

Na rotina
Ela me escrutina

Na matina
Ela me desatina

Repentina
Me sabatina
A vida clandestina
Toda a jogatina
O caso com a Tina

Eu?
Sorrio de como se obstina
Abraço a cintura fina
Quando se atina
Se entrega libertina.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Nada/Você

Nada me espanta
Algo me encanta
Você

Nada me ocorre
Algo me socorre
Você

Nada me importa
Algo me suporta
Você

Tudo nada
Você tudo
Eu sigo você
Eu fujo do nada
Nado

domingo, 9 de outubro de 2016

Crise de identidade

Quisera outro ser
Para não lhe doer.
Que possa outro vir
Para lhe ver sorrir.
Quisera não pensar
Para saber amar.
Como outro ser
Se não o que só sei ser?
O que só me fiz ser?
Quisera outro ser...

domingo, 25 de setembro de 2016

Sem título

Em meu cio
De você
Me vicio

Em minha ânsia
Por você
Minha ganância

Em meu logo
Em você
Me afogo

sábado, 17 de setembro de 2016

Para Paloma

Nesse vasto mundo,
Me inspiro no poeta,
Que não era Raimundo.
Seja curva, seja reta
Faça seu trajeto, seu caminho
Certa de meu carinho.

Espalhe seu encanto,
Faça chuva, faça sol,
Pois sufoca qualquer pranto
Que apareça no caminho.
Nesse vasto mundo,
Lhe acompanhe meu carinho.

Esparrame seu sorriso
Sempre que for preciso.
Se sentir saudade,
Nesse vasto mundo,
Pense em meu carinho
E siga seu caminho.

Onde quer que esteja,
Se fizer escuro
Neste vasto mundo,
Lembre de meu carinho,
Pode ser uma centelha
Que ilumine seu caminho.

Vai, filha, em seu caminho
Certa de meu carinho.

Acaso

Encontro tosco
Você sorriu, eu também
Virou enrosco.

Aconchego

Em meu peito
Você se encostou
Me senti homem feito.

Transferidor, régua e compasso

Com transferidor, caminho traço
Com régua, meço meu passo
Muito além do raio do compasso
No ritmo que eu mesmo faço
Sem medo de erro ou fracasso.

Dúvida II

Ponto a ponto
Será que costuro
Ou escrevo um conto?

Dúvida I

Gota a gota
Ou é goteira
Ou contagotas

Feeling blue

No cinema, filme chato
No bar, chope sem graça
Com pastel de vento
Na rua, alguém toca um blues
Na alma causa desalento.
Fugir por que? Pra onde?
Na dúvida, pelo caminho, sigo lento
Em algum canto, de algum canto
Que não seja das sereias
Surge o alento
Que me traz outro vento.

sábado, 20 de agosto de 2016

Sorrisos

Como uma brisa, sutil
Daquela criança, infantil
Do palhaço, de repente sumiu
Me dê um sorriso
É só o que preciso
Para recuperar o siso
Que não seja irônico
Um pouco cômico
Para espantar pânico
Que seja singelo
Para um mundo mais belo
Eu lhe apelo
Assim, quem sabe
O palhaço nos abre
O sorriso que lhe cabe
E a dor se acabe

sábado, 13 de agosto de 2016

Sem título

Ando disperso
Minha mente divaga
Neste universo

Me diga você

Se da consciência nada se esconde
Como se quebra desencanto?
Como se desata desconfiança?
Como se desfaz desilusão?
Como se esquece decepção?

Não me venha com religião
Tampouco esse papo de perdão
Na vida chego à conclusão
De que alguns do mal são
Estão além da recuperação.

Assim, guardo na memória
Que constrói a minha estória
Diversos espantos
Misturados com encantos
E outros entretantos.

Mas, se você tiver magia
Me diga esta alquimia
Para que não espere o dia
Que a consciência esvazia.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Pequenos prazeres

Ouvir Chico
Fazer fuxico
Viver de bico
Mesmo tísico
Não pedir pinico
Pra nenhum milico
Dar um belisco
Comer um petisco
Quase nenhum risco
Meu olho nem pisco
Nem preciso ser rico
Tampouco pagar mico
Basta ser meio rústico
Ou pouco místico
Na vida me estico.
Por aqui fico
Sem nenhum pico
Nem mesmo um cisco.
(Começou domingo na estrada, na companhia de Murilo, Paloma e Fernanda ouvindo Chico. Terminou hoje (26/04/2016) na companhia de um chope e bockwurst sózinho no Bar do Alemão).

Passeio sensual

Busco meio
De em seu seio
Dar um passeio

Me incendeio
Sem nenhum receio
De ti não apeio

Sem rodeio
Teu corpo é veio
Que sacia meu anseio

Tristeza

Hoje a beleza
Foi vencida pela safadeza
Me deu uma tristeza!
(Escrito aos 12/05/2016)

Aos 59 (Quase)

Ao sul do equador, no outono nasci.
Nos primeiros anos, tranquila primavera.
A segunda estação, um tórrido verão.
No outono da vida, serenos prazeres.
Que seja breve e tardio, do inverno o frio.
Em qualquer estação, ao menos uma paixão.
(Escrito aos 18/05/2016)

Desânimo

Tem dias que ele me bate
Mas, não pense que me abate
Sigo em frente, respiro fundo
Me aprumo pro mundo
Em que já vivi desencanto profundo
Na mente, da vida faço revista
Me inspiro no poeta, na artista
Da esperança reencontro a pista
Sigo em frente, que atrás vem gente.

sábado, 25 de junho de 2016

Praia

Na areia da praia
Vi uma arraia
Uma moça de saia
Outra de tomara que c
                                         a
                                            i
                                              a

terça-feira, 21 de junho de 2016

Nonsense

Meio sem jeito
Um pouco contrafeito
Foi atrás do seu direito

Pareceu teimosia
Enfrentou até aleivosia
Não deu vez pra apatia

Fez de um tudo
Enfrentou topetudo
Até de peito desnudo

Enfim se rendeu
Sentindo que perdeu
Muito mais que um camafeu

Nessa vida esquisita
Estamos só de visita
Não há quem resista

Começou sem saber como
Pra acabar só faltava um gomo
Que comeu o gnomo.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Na vida

Vou levando a vida
Com graça vivida
Embora haja quem duvida
Fazendo o que posso
Às vezes quase tenho um troço
Alguém até reza um pai nosso
Mas pra mim reza não faça
Tampouco tolero trapaça
Meu caminho o desejo traça
Conservo meu sorriso
Não pense que perdi siso
Faço o que quero e preciso
Nas pedras tropeçando
A vida vou levando
Afinal, me chamo Fernando.
CurtirMostrar mais reações
Comentar

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Pensando

Pensando na vida....
Pessoas que vêm...
Outras que vão...
Marcas que ficam...
Desencontros...
Encontros...
Intenções, planos, desejos...
Desatenções, aeroplanos, bocejos...
Unha encravada...
Palavra empenhada...
Vontade contrariada...
Frieira teimosa...
Coceira gostosa...
Irra! Que é isso? Vida!
Beijo de filha...
Abraço de amigo...
Sorriso, gargalho...
Me espanto...
Não canto...
Fico no meu canto....
Lembro, esqueço...
Ouço, vejo, entendo?
Nem sempre...
Às, vezes, finjo...
Mas, não me arrependo...

terça-feira, 5 de abril de 2016

Memória

De repente
Do passado sobrou
Só o que quis a mente
Infeliz mente.

Vã Filosofia

Na boca, travo de romã
Na alma, prece vã
Na vida, tanto afã
Uma busca sã?

Sem Título

Meu reino por um cavalo
Meu cavalo por um café
Meu café por um cafuné
Pode ser que fique em pé.

Identidade

Outro vejo
Noutro me vejo
Trovejo, relampejo, ventanejo
Enfim, sem pejo
Outro me vejo.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Sem Nexo

Para uns, só sexo
Para outros, basta amplexo
Neste tempo tão complexo
Mais um verso desconexo.

Dito de Marujo

Conheci um tal de Araújo
Que se dizia marujo
Corcunda, parecia um caramujo
Ao seu lado, um cão sabujo
Me dizia o dito cujo:
De mulher feia e mar revolto, eu fujo.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Ao léu

Sem destino certo
Busco algo incerto
Não sei se está perto
Ora, não me aperto
Ao léu, para a vida desperto.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Infância

Nuvens se arrastam pelo céu
Cinza como papel.
Surge uma estrela
Como se fosse um troféu.
Crianças brincam de passa-anel.
Alguém oferece pão-de-mel,
Fazem o maior tropel.
Teve também pastel.