Luzes internas
refletidas lá fora
assim como eu.
Reflexos fracos
de dúvida na alma
do viajante.
Entre cidades
atravessando campos
enluarados.
Foge da vista
encoberta por nuvens
lua marota.
Forças da vida:
milhares de estrelas
velhas mulheres.
Mãe e criança:
sussurrou a primeira,
segunda sorriu.
Indo a esmo:
minha imaginação
comigo mesmo.
Luzes distantes
paisagens escuras
lembranças frias.
Saudade de que?
Objetivamente:
sabe que não sei!
Risos rápidos,
bocejos hilários
sons passageiros.
Entre passado
e futuro, são comuns
as incertezas.
Por outro lado,
no caso do presente,
tenho dúvidas.
Pra ser sincero,
são raras as vezes em
que há certeza.
Um haikai ao dia, prazer, paz, emoção, e muita alegria (Fernando Antono Prado Gimenez)
quarta-feira, 31 de julho de 2013
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Divagações Brasilianas
Estremecida
relação entre tantas
confusões banais.
Casos complexos
requerem pensamentos
heterodoxos.
Virtualmente
você encontra tudo
mas toca em nada.
Com ou sem noção
quando há contradição
tente emoção.
Por telefone
ouço quase de tudo.
Falta sua voz.
Imaginação
de poeta, saudade
do futuro tem.
De Almodóvar
encontro passageiros
só personagens.
Imeiu e pouste
palavras adotadas
mas não escritas.
Relativando:
na agenda, espaço
quer dizer tempo.
(Inspirado em Einstein)
No fim do mundo
cidadão caminhante
se torna errante.
relação entre tantas
confusões banais.
Casos complexos
requerem pensamentos
heterodoxos.
Virtualmente
você encontra tudo
mas toca em nada.
Com ou sem noção
quando há contradição
tente emoção.
Por telefone
ouço quase de tudo.
Falta sua voz.
Imaginação
de poeta, saudade
do futuro tem.
De Almodóvar
encontro passageiros
só personagens.
Imeiu e pouste
palavras adotadas
mas não escritas.
Relativando:
na agenda, espaço
quer dizer tempo.
(Inspirado em Einstein)
No fim do mundo
cidadão caminhante
se torna errante.
sábado, 20 de julho de 2013
Para que serve o agá?
Oje
fica tão
feio!
Será o agá
só
estético?
Agar
sem agá,
na
tira de Browne é
também
orrível?
Omem
sem agá
vai
encontrar sua muler
também
sem agá?
Ospício
vazio:
médicos
e pacientes
em
busca do agá?
Orizonte
amplo
parece
tão pequeno
quando
falta agá!
Arém
do sultão
por
faltar agá virou
grande
confusão.
Istória
vira
estória
quando
perde
seu agá?
Ouve
um dia...
Sem
o agá você tem
que
ter ouvidos?
Ospitalidade
é
com agá? Me pergunta
jovem
livreiro.
Orrorizado
me
pus a buscar
função
pro agá.
Com
ou sem agá,
mantive
na conversa
o
bom umor!
Outono
Céu
azulado,
manhã
fria outonal,
árvores
nuas.
Na
alameda,
em
passos leves, jovem
dança
florido.
Entre
plátanos
videiras
do vale
enluarado.
Espreguiçando,
o
gato espanta do
corpo
a manta.
Da
pele dele,
calor
ameno, seduz
bela morena.
Os
quero-queros
cuidam
ressabiados
de
seus noviços.
Neblina matinal,
lagoa fria, rasa,
patos na orla.
Carpas do museu
multicoloridas
em fila nadam.
Fragmentos sutis
da vida banal formam
conto sensual.
Inconvenientes
palavras que ressoam
mais no silêncio.
As mariposas
assustam as garotas
mais que raposas.
Preocupadas,
surgem lágrimas em
suas estradas.
Surge a lua
no horizonte para
render sol poente.
Chove granizo
lá fora. Dentro fico
com meu juízo.
Neblina matinal,
lagoa fria, rasa,
patos na orla.
Carpas do museu
multicoloridas
em fila nadam.
Fragmentos sutis
da vida banal formam
conto sensual.
Inconvenientes
palavras que ressoam
mais no silêncio.
As mariposas
assustam as garotas
mais que raposas.
Preocupadas,
surgem lágrimas em
suas estradas.
Surge a lua
no horizonte para
render sol poente.
Chove granizo
lá fora. Dentro fico
com meu juízo.
sábado, 13 de julho de 2013
Espere um pouco (variações sobre um tema)
Se for só sexo
espere um pouco que
terá seu nexo.
Se for só amor
espere um pouco que
dará uma flor.
Se nenhum dos dois
espere um pouco que
um será depois.
Qualquer que seja
espera um pouco que
dá brotoeja.
Sendo para nós
espere um pouco que
ficaremos sós.
Se for raivoso
espere um pouco que
será gostoso.
Se for gasoso
espere um pouco que
será meloso.
Se for difícil
espere um pouco quem
sabe ofício.
Se for tinhoso
espere um pouco que
é espinhoso.
Se for menina
espere um pouco que
logo atina.
Se for menino
espere um pouco que
surgirá tino.
Se for noturno
espere um pouco que
fica soturno
Se for coturno
espere um pouco que
termina turno.
Sendo sexual
espere um pouco que
vira bacanal.
Sendo fraternal
espere um pouco que
vira natural.
Se for com café
espere um pouco que
vai ter cafuné.
espere um pouco que
terá seu nexo.
Se for só amor
espere um pouco que
dará uma flor.
Se nenhum dos dois
espere um pouco que
um será depois.
Qualquer que seja
espera um pouco que
dá brotoeja.
Sendo para nós
espere um pouco que
ficaremos sós.
Se for raivoso
espere um pouco que
será gostoso.
Se for gasoso
espere um pouco que
será meloso.
Se for difícil
espere um pouco quem
sabe ofício.
Se for tinhoso
espere um pouco que
é espinhoso.
Se for menina
espere um pouco que
logo atina.
Se for menino
espere um pouco que
surgirá tino.
Se for noturno
espere um pouco que
fica soturno
Se for coturno
espere um pouco que
termina turno.
Sendo sexual
espere um pouco que
vira bacanal.
Sendo fraternal
espere um pouco que
vira natural.
Se for com café
espere um pouco que
vai ter cafuné.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Estranhamentos
Inverno triste.
De manhã, sem-teto em
fuga da chuva.
Encontro fugaz,
nos seus vinte seis anos
prazer tão voraz.
Trajetos comuns
risos desencontrados
orgasmos solos.
Cresce suave,
na alma, dor que tanto
empalidece.
Na Cruz Machado
luzes amareladas
nas travesturas.
Boca com boca,
nada fala, abaixo
falo com falo.
Envidraçada,
fica tão engraçada
vida passada.
Busca memórias,
tantas vidas em fila,
cacos da história.
Ouvindo Chico,
cada verso, cena
de filme (in)verso.
De manhã, sem-teto em
fuga da chuva.
Encontro fugaz,
nos seus vinte seis anos
prazer tão voraz.
Trajetos comuns
risos desencontrados
orgasmos solos.
Cresce suave,
na alma, dor que tanto
empalidece.
Na Cruz Machado
luzes amareladas
nas travesturas.
Boca com boca,
nada fala, abaixo
falo com falo.
Envidraçada,
fica tão engraçada
vida passada.
Busca memórias,
tantas vidas em fila,
cacos da história.
Ouvindo Chico,
cada verso, cena
de filme (in)verso.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Inverno em Curitiba (Será curto!)
Para Paloma e Fernanda
Chove lá fora.
Ramos das
palmeiras
revelam
brisa.
Céu nublado.
Reflexos da
árvore
sombreiam
lago.
Sombra de
peixe
na lâmina
de água.
Gato
espreita.
Paloma em
dor,
coração nublado,
meu
sol vai contigo.
Em seu
sorriso,
luz para
meu coração.
Me ilumine!
No seu
flamenco,
Fernanda,
meu coração
se
acalenta.
Em seu
sorriso,
calor da sua vida
me aquecendo.
Por essas duas,
não há o que não faça.
Ou não desfaça.
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