domingo, 25 de maio de 2014

Aos 57

Serenidade:
escolha ou destino
nessa idade?

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Carta a uma jovem

Lágrimas caem
de olhos tão jovens
que me destroem.

Naquele canto,
na mesa solitária,
causa espanto.

Seus olhos escuros
refletem brilhosos
raios tão puros.

Sendo tão moça,
em templo luxuoso,
quem sua dor ouça?

Não sei que faço,
quando lágrimas vejo
só me embaraço.

Um dia já disse,
muito queria que dor
não sentisse.

Mas da vida parte,
são suas escolhas que
fazem sua arte.

Lágrima, riso,
dores, prazeres, enfim
viver é preciso.

No verso acima
contrario poeta,
e faço  rima.

Então, afinal,
chega o momento
de meu ponto final.

Mas, é só no poema,
pois na vida sigo, vou
atrás d'outro tema.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Dois haicais

Entardecendo,
no tear do destino
vivo tecendo.

Na escuridão,
repentina clareza
de inflamação.