sábado, 30 de novembro de 2013

Três Jovens Mulheres

Para Francielly, Juliana e Luisa

Generosas
compartilham sorrindo
felicidade.

Cheias de graça,
por jovialidade,
iluminadas.

Falas tranquilas,
singulares no tema,
ágeis na vida.

Nos seus trajetos,
alguns trechos convergem,
outros são unos.

Sonhos próprios
de guria há pouco
mulher formada.

Jovens florescem,
entre dores e cores,
na força da terra.

Eu, tão maduro!
Por acaso sortudo,
delas aprendo.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Um Marquês na Cinemateca

Na Cinemateca de Curitiba, estréia de "A Que Deve a Honra da Ilustre Visita Este Simples Marquês?"

Filme da terra,
fui na cinemateca
com muita pressa.

Seja ficção 
ou documentário,
algo me fala.

Preto-e-branco
ou em cores diversas
brilha no escuro.

Já vi Fellini,
poesia de Pasolini,
com Chaplin sorri.

Muitas estreias,
reprises de clássicos,
cinema enfim!

Tivesse tempo,
com certeza mais vezes
aqui estaria.

Keller e Urban
dessa vez trouxeram um
singelo Marquês.

Foi tanto prazer 
nesse curta metragem
que viver me fez!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Londrina Chuvosa ou Prece dum Ateu

Premonitória
nuvem escura surge
nesta história.

Sempre buscando
ao longo desta vida
algo impreciso.

Tal como rio
nesta cidade natal
nada é igual.

Em suas margens
muito à distância
vejo miragens.

Foi no passado
vir a ser no presente
algo pensado?

Fado, destino?
Escolha de caminho?
Sorte ou tino?

Crio passado
imagino um futuro
presente me passo.

Houvera deus
confortável seria
na hora d'adeus?

Mas tal figura,
sinto muito, não passa
de criatura!

Minha resposta
se interessar possa
será exposta.

Faço o que posso,
pode não ser muito, mas
não há remorso.

O que significa
a nuvem que na prima
estrofe fica?

Nuvem escura
de imagem se torna
em água pura!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Alguns ais em menos versos

Congresso acadêmico?
Papo anêmico.

Chega de lorota,
não sou idiota!

Nada mais chato?
Talvez um carrapato!

Entediado
fico angustiado!

Nossa que porre!
Alguém me socorre?

Sem fantasia 
acabo com azia.

Chegou a hora
de eu cair fora.

Tanta pavonice
causa parvoíce.

De todo lado
discurso empolado.

É um diz que me disse 
com tanta sandice.

Fico sacudo
com professor papudo.

Em qualquer campo
esperto acha trampo.

Faz mal pra mente
conversa dessa gente.

No coffee-break
comi como um xeique.

Fui eu que cansei 
desse era uma vez?

Meu sentimento 
é de desalento.

Mas sinto prazer
em versos fazer.

Fechando tema
apresento meu lema:

No cotidiano,
vida vou levando
piano, piano.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Inspirado em Affonso Romano de Sant'Anna

Poesia
é silaba
é métrica

Sempre verso
talvez rima

Inverso proseio
sem rima poeto.

domingo, 3 de novembro de 2013

Domingo no MON

Quase dez horas
pátio das esculturas
imóvel também.

Quatro mulheres
fria brisa matinal
calma solidão.

Pra desenhistas
espalhados na praça
MON se exibe.

Menino com mãe
pai empurra carrinho
pardal sobrevoa.

Algo que busco
a mim não se revela!
Talvez no museu.

Porta se abre
ingresso se entrega
parto em busca.

Logo no começo
janela entelada
sugere olhar.

Ligo câmara
caminhando registro
olhar sob meus pés.

Não sei se busquei
ou acaso que trouxe
enfim encontrei.